terça-feira, 24 de março de 2009

O Fado da Deolinda


E esta voz canta a doer
Sem fado nem amor, que resta?
O fado não é mau,
Não é um crime ou um defeito
É um emaranhado de cordões
Que nos entrelaça o peito
E precisa de ser solto.
Corre o risco de sufoco
Quem prende o fado na voz
E anda ali com aqueles nós
A apertarem a garganta.
É mais rico quem o canta;
Pobre quem lhe dá prisões!
Tu e eu não somos dois...
Meu amor, tens de pensar
Que isto é pegar ou largar,
São estas as condições:
Tu e eu e as canções.
Um peito que canta o fado
Tem sempre dois corações!

PS - Sim, eu sei que vocês entendem português, mas esta é a minha parte preferida.

1 comentário:

Ti' Ana disse...

Gosto tanto de Deolinda como de pontapés nas bolas (a verdade é que nem as tenho)!A letra é muito boa, sem a musica ;P